Troque a palavra paciente por sobrevivente
No começo, eu não pensava assim. Na verdade, até pouco tempo eu nem tinha coragem a dizer essa palavra com “S”, como se fosse um termo especial, reservado apenas a pessoas extraordinárias, fortes.
E porque não? Depois de se livrar de seus fardos, a nata dos sobreviventes também precisa alguém que os carregue nas costas. Eu levaria as tralhas deles na maior alegria, desde que isso me garantisse um lugar no lado oposto [disso].
Nós nos equilibramos na corda bamba da mortalidade, uma mão perto do céu, a outra agarrada a terra. Temos que nos dividir entre a vida e a morte – e, ao mesmo tempo pagar as contas, fazer supermercado, buscar as crianças na escola, trocar o óleo do carro, consertar aquela porcaria de vazamento que estragou o piso novo e ainda aturar um chefe infernal, diante do qual nos recusamos a exibir qualquer sinal de fraqueza.
Administrar as exigências da vida corrida não é “sobreviver”?
O mundo não para a espera da recuperação. [é como naquele ditado de Shakespeare, não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que voce o conserte]. Então, porque devemos parar?
E porque alguém deveria se referir a nós com qualquer adjetivo que não seja “as rainhas da cocada preta” (coisa que nos realmente somos)?
Não importa se voce já venceu a batalha ou se ainda esta na trincheira. Todo mundo merece fanfarra, confete e louros da gloria, e não apenas os “vencedores”.
Tomei distancia [disso] e voltei a viver.
No começo, eu não pensava assim. Na verdade, até pouco tempo eu nem tinha coragem a dizer essa palavra com “S”, como se fosse um termo especial, reservado apenas a pessoas extraordinárias, fortes.
E porque não? Depois de se livrar de seus fardos, a nata dos sobreviventes também precisa alguém que os carregue nas costas. Eu levaria as tralhas deles na maior alegria, desde que isso me garantisse um lugar no lado oposto [disso].
Nós nos equilibramos na corda bamba da mortalidade, uma mão perto do céu, a outra agarrada a terra. Temos que nos dividir entre a vida e a morte – e, ao mesmo tempo pagar as contas, fazer supermercado, buscar as crianças na escola, trocar o óleo do carro, consertar aquela porcaria de vazamento que estragou o piso novo e ainda aturar um chefe infernal, diante do qual nos recusamos a exibir qualquer sinal de fraqueza.
Administrar as exigências da vida corrida não é “sobreviver”?
O mundo não para a espera da recuperação. [é como naquele ditado de Shakespeare, não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que voce o conserte]. Então, porque devemos parar?
E porque alguém deveria se referir a nós com qualquer adjetivo que não seja “as rainhas da cocada preta” (coisa que nos realmente somos)?
Não importa se voce já venceu a batalha ou se ainda esta na trincheira. Todo mundo merece fanfarra, confete e louros da gloria, e não apenas os “vencedores”.
Tomei distancia [disso] e voltei a viver.
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