A arma comprime-se, irremediavelmente gelada, acima de minhas orelhas. O suor escorre densamente dos mais inimagináveis orifícios de meu corpo.
Tremo ao ser tocada pelas mãos ásperas a arrancar-me as pulseiras. Sinto-as subindo, desatarraxando meus brincos. Brincam, circundam meu lóbulo. Simulam desenhar doces círculos em minha face. De forma luxuriosa arrancam-me suspiros ao percorrerem minhas formas, rumando meus tornozelos.
Sou surpreendida pelas doces carícias em minha alva pele exposta pela curta calça.
Minhas meias são cuidadosamente empurradas para dentro de meu All Star. Pareço gorjear, o que supõe um sorriso de meu assaltante. Meu. Deu-se a posse, a afeição. Curto o momento, sinto sua respiração em meu pescoço ao retirar minha gargantilha, presente de alguém ínfimo neste momento.
Abruptamente sou solta, desequilibro-me. Ante à queda meu antebraço direito é firmemente atado. Ele puxa-me, agarrando minha cintura. Então corre, corre e o deixo ir. A percepção do furtivo beijo trocado deu-se ao vê-lo ao longe. As lágrimas então jorram, exigindo reparação. Reivindica o beijo, o deseja de volta. Entregou-lhe, desavisada, o coração.
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