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"Uma borboleta, num paradoxo interminável entre figuras e palavras, sons e cores, buscando algo que possa fazer algum sentido...".

Aquilo que se busca:

11.6.10

Apenas dói!



E voce se esforça para tentar chamar a atenção do outro. E nada.
Voce se esforça mais ainda pra mostrar que é capaz e que o outro pode confiar. E nada.
Voce se entristece, mas ainda tenta mais um pouco. E nada
Voce tenta, fica exausta, cansada, triste, começa a tentar fazer aquilo de outras formas, mais ainda sim seu esforço não é reconhecido.
Voce sempre é criticado, voce sempre é tachado.
O outro não pergunta como voce está, nem fala a frase mais clichê de todas: “oi, tudo bom?”.
Esse outro diz que se preocupa, diz que ama, diz se importa, mas sempre que voce esta a chorar lhe culpa por estar assim, diz que são conseqüências de seus atos. Esse mesmo outro que se diz se preocupar o faz isso em partes, pela metade, quando voce resolve tomar atitudes por voce e não por esse outro, este, se preocupa com a moral da idéia que vocês são perante a sociedade. APENAS ISSO.
E voce começa a se perguntar, onde está a outra metade? A parte que se diz se importar? De estar lá quando voce precisar? De tentar aprender também? De ter consciência que o passado desse outro não foi fácil e procurar ajuda e não rir do fato de que voce esta procurando ajuda para poder lhe dar com esse outro, bem como com o modo de “se importar” também.


Gostaria de ter um pouco mais do otimismo de Kris Carr, ela sim é uma heroína. Talvez deva me relembrar um pouco do conselho dela: 
“Seja sábia. Ouça a mãe que existe dentro de voce. Ela sabe o que é bom. Sabe quando voce precisa dormir mais, quando precisa se alimentar melhor, quando precisa de um abraço. Sabe com quem voce deve circular e quem é perda de tempo. Sabe ate quando voce precisa de um descanso a moda antiga. Não seja rebelde: escute o que ela diz.”



Como pode o outro lhe fazer se sentir tão vazia e tão minúscula, mesmo por diversas vezes voce tentando provar o seu valor e eles se quer prestando atenção. E quando voce escuta a mãe dentro de voce, esses outros lhe rotulam de rebelde e imatura e usa o argumento de que o passado desse outro foi muito pior e que “se voce estiver achando ruim... [...] e que quando voce tiver sua própria casa...” e sua mente tenta bloquear tais palavras, porque dói ouvir isso principalmente desses outros, que são umas das pessoas mais importantes para voce.

O que voce faz quando começa a se cansar disso?
O que voce faz quando começa a se cansar das responsabilidades escolhidas por voce por falta de “compreensão e compaixão”?
O que fazer para diminuir a distancia glacial que existe entre vocês?


Apenas dói!

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